No Simpósio de Neuromecânica Aplicada apresentei o trabalho ilustrado nas imagens, que tratava da Frequência de lesões em corredores de rua com diferentes volumes de treinamento.
Resumo: " A corrida de rua destaca-se por ser um esporte de grande popularidade e crescente adesão, de baixo custo e fácil acesso. Trata-se de uma modalidade esportiva de alta demanda mecânica e fisiológica, ocasionando um alto índice de lesões aos praticantes. Grande parte das lesões de corredores resulta de uma mecânica inapropriada no movimento ou treinamento com planificação equivocada. Outro fator que pode influenciar a incidência e frequência de lesões são as características dos treinamentos e das competições, tal como o volume semanal de treinamento. Mas será que maiores volumes de treinamento em corredores amadores podem predizer maiores ocorrências de lesões? Este trabalho teve por objetivo apresentar a frequência de lesões de corredores com diferentes volumes semanais de treinamento. A coleta de dados foi realizada em um workshop de corrida, onde 82 corredores amadores responderam um questionário com informações sobre treinamento e históricos de lesão. Os corredores foram organizados em um grupo G1 (n=47, correndo mais que 10 km semanalmente), e G2 (correndo até 10 km por semana). No G1 a idade média (desvio padrão) foi de 39 (8) anos e tempo médio de prática de 5,8 anos. Em G2 a idade média (desvio padrão) foi 39,4 (7) anos e tempo médio de prática de 2,7 anos. Cerca de 66% de G1 e 25% de G2 apresentaram lesões decorrentes da prática de corrida. Aparentemente, atletas que percorrem maiores distâncias semanais, ou seja, estão sob influência de uma maior demanda fisiológica e mecânica, com tendência a apresentar maior frequência de lesão do que atletas que percorrem menores distâncias. Sendo assim, quanto maior a distância percorrida melhor deve ser o planejamento e atenção aos treinamentos, devendo ser incluído um planejamento de prevenção de lesões.
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